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PENA DE OURO 2024 | CONHEÇA OS FINALISTAS: AXÉ SILVA — CATEGORIA POEMA

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SOBRE O AUTOR


Valdinei Aparecido de Avila e Silva (Axé Silva) ganhou o apelido que tanto gosta na faculdade. Geógrafo formado pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduando em Ciências Humanas pela PUC-RS e mestre da palavra no ensino e na escrita. Com mais de três décadas de experiência como professor de Geografia e Atualidades, atuou em diversas instituições de ensino de notável excelência. É também autor de materiais didáticos reconhecidos nacionalmente e responsável por formar milhares de estudantes ao longo de sua trajetória.

Além da docência, Axé constrói pontes entre educação, arte e pensamento crítico. Escritor, Ator, Locutor, Poeta e Compositor, investe numa linguagem sensível e provocadora, sempre em busca de novas formas de expressão. Reconhecido por seu estilo engajado e original, combina olhar geográfico e crítico com inquietação estética para pensar o mundo e transformá-lo. 

Em 2024 o autor lançou na Feira Literária Internacional de Parati o livro Verso Horizonte (Mondru Editora). Também são de sua autoria os livros Hora Turva (Athos Editora) e Quimera (Editora Pedregulho). Também escreveu o infantil Rio Neblina (Caravana Grupo Editorial). 

Em 2024, Axé Silva foi finalista do Concurso Nacional de Poesias Augusto dos Anjos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Leopoldina (MG). Nesse mesmo ano, foi finalista no 5º Prêmio Internacional Pena de Ouro, promovido pela Casa Brasileira de Livros. Em 2025, conquistou o 1º lugar no 2º Prata da Casa, com o Poema “O Ofício do instante”. Confira no Blog da Casa.




O POEMA FINALISTA


Película Invisível do Viver


Sob a película invisível do viver,

Onde a vida é um tecido sem cor,

Os dias se desenrolam, sem poder,

E as horas são fios de um mesmo labor.

Essa película, que tudo encobre e oculta,

É o véu que a realidade disfarça,

E na sua espessura, a vida se exulta,

Mas o real se esconde e se esgarça.

O cimento que cobre a cidade agitada,

O dia que se arrasta, arranhado e gris,

Tudo passa sob a película, em jornada,

E o simples se veste de algo que não diz.

O operário, o agricultor, o que vive e labuta,

Cada um com seu destino disfarçado,

Trabalha sob a película, a vida absoluta,

Que é, ao mesmo tempo, luta e fado.

Eu vejo a película em cada passo dado,

No sol que se ergue e no chão que é pisado,

E a vida, que é uma tela, um pano rasgado,

Mostra a verdade por trás do encobrimento.

É uma película de poeira, de suor,

Que cobre o que é real e simples,

E sob o véu do cotidiano labor,

Revela o desgaste, o âmago, o vir.

A película do viver é a nossa armadura,

Que nos protege da verdade nua,

Mas também é a prisão, a captura,

Do instante que o tempo entrelaça e atenua.

E na frágil camada de nossa existência,

Buscamos a clareza, o sem véu,

Mas até que a película se desfaça,

Vivemos o dia a dia em um anseio cruel.

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