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PENA DE OURO 2024 | CONHEÇA OS SEMIFINALISTAS: ROSANA BATISTA DOS SANTOS — CATEGORIA POEMA

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SOBRE A AUTORA


Rosana Batista dos Santos, uma aracajuana nascida em 30/12/1986, é formada em Letras Português-Francês pela UFS. Todo o seu percurso acadêmico começa na escola pública e é nesse campo onde hoje atua enquanto professora da rede estadual e municipal de ensino da capital sergipanaA paixão pelos versos começou na adolescência, quando ainda rabiscava seus sentimentos efervescentes em um caderno despretensioso.

 Com o passar dos anos, a veia poética foi dando lugar a questões mais práticas, como os estudos e o próprio atropelo da vida. Mas a poeta ainda se manteve à espera de uma oportunidade para florescer. A primeira publicação de seus versos se deu no Caderno do Estudante (PROEST, 2006),em uma iniciativa da UFS para divulgar as produções científicas e culturais de seu corpo discente.

Sua escrita é intimista, reflete sobre as questões que angustiam a alma humana, como o tempo (ora lento, na maioria das vezes tão apressado), a fragilidade do viver, as possibilidades que não escolhemos e que poderiam ter sido e, fio condutor de todos os versos, o amor não correspondido e também vivido.

Foi durante a trágica pandemia do COVID-19, no entanto, que a autora finalmente pôde confrontar seus dilemas e refletir sobre a relação humana com o tempo e consigo mesma, O resultado dessas inquietações traduzidas se encontra na sua publicação intitulada Além do Tempo, antologia poética, lançada em dezembro de 2022 pela Editora SEDUC/SE. Em 2024 tornou-se membro da AFLAS (Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe).



O POEMA SEMIFINALISTA


Do lado de dentro


A saudade queima em mim, insistente,

um círio ardendo por intocáveis astros,

retorcendo as garras do Tempo que, impotente,

dá meia volta, fugindo sem deixar rastros

As chamas se alastram e o coração devoram,

o consomem, transformando em cinzas

até mesmo as lágrimas que ainda choram

E assim desfalece o coração, sufocado em sua desdita

Quando o corpo, devastado, recobra os sentidos

os olhos, turvos, não encontram o que lhes era querido,

Em meio à intempérie, as palavras não ditas

vêm pairando ao redor como fuligem, perdidas

Mas o Infortúnio que tudo corrói, sem escapatória, 

não consegue avançar onde te guardei,em uma parte,

protegido pelo afeto que em minh’alma plantaste

e assim te carrego comigo, do lado de dentro, 

                                         no espaço da memória

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