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Apresentação do Livro dos Finalistas de 2022



Leia, em primeira mão, o texto de Apresentação do Livro dos Finalistas do Pena de Ouro do ano passado (2022)! 🤩


O livro será publicado dentro de alguns dias, porém abrimos ao nosso público o texto de apresentação. Para conferir, rolar para baixo desta página. 😉


Esperamos que gostem! 🥰



*


Apresentação


Cândido Luís Vasques



O Pena de Ouro consolida-se. Chegamos à nossa terceira edição: cumprimo-la! Não posso deixar de lembrar do início, das dificuldades, dos medos, temores, anseios — em nos lançarmos numa aventura como esta. Vencemos. O nosso prémio é um sucesso cada vez maior e... Bem, já temos alguma história para contar, não é mesmo?

Aproveito este espaço para isso. Voltemos a 2020. Ano da pandemia, ano difícil. Lançamos este evento antes mesmo de termos lançado os alicerces da Casa Brasileira de Livros. O que era esse tal “Prémio Internacional Pena de Ouro”? Que surgia do nada, com jurados de sete países lusófonos, se propondo ser a maior recompensa pecuniária para um conto avulso e um poema avulso de toda a lusofonia, sem patrocínios privados, sem patrocínios estatais, ousadamente sustentado por taxas de inscrição?

Não foi fácil. Divulgamos apenas em duas redes sociais: Instagram e Facebook. E não é que, no Twitter, havia gente falando que se tratava de uma fraude? Houve quem dissesse que éramos uma nova versão do “Babel Book Award”. Caso o leitor não conheça, jogue no Google. Eu também não conhecia. Tomei conhecimento na ocasião. Diz-se, hoje, que foi uma “performance artística”... Um suposto prêmio literário com um valor estratosférico de recompensa; que ninguém nunca havia ouvido falar e que havia surgido do nada. Já dizendo estar em terceira edição. Com vários supostos patrocinadores... Um deles parecia se tratar de uma fundação real, existente, e teve de pedir para que tirassem seu logo da divulgação. Digo, a fundação (suíça, se não me engano) existia, não o patrocínio dela. Enfim, um caso bizarro. Quem quiser saber mais, basta jogar no Google.

Lembro agora, e é fácil lembrar; mas não foi fácil nos depararmos com o nosso nome associado a isso. Bom, ossos do ofício. O que poderíamos fazer? Apenas baixar a cabeça e trabalhar. Afinal, era recém a nossa primeira edição.

E essa primeira edição teve várias surpresas. Uma delas, acho que não mencionada ainda em nenhum lugar, foi o nome do jornalista Tulio Milman entre os finalistas. Para quem não sabe, o Tulio Milman é um jornalista bastante conhecido aqui no Rio Grande do Sul. Foi uma agradável surpresa ver um nome assim, familiar aos nossos ouvidos — era como se estivéssemos nos institucionalizando, nos consolidando. Em termos, como posso dizer? Em termos gaúchos, de quem vive e consome mídia e cultura no Rio Grande do Sul, no universo gaúcho, também senti algo parecido quando a Leticia Wierzchowski aceitou ser jurada. Ora, era a autora de “A Casa das Sete Mulheres”! Um romance maravilhoso que foi maravilhosamente adaptado para a televisão pela Rede Globo, em 2003.

Outra surpresa foi a descoberta do (hoje meu amigo) Rodolphe Roldan-Roldan. O Roldan é um escritor já nos seus oitenta anos, um homem visceral, apaixonado pela escrita. Ele não foi vencedor de nenhuma categoria, mas ficou entre os primeiros colocados das duas. Ou seja, os jurados internacionais lhe concederam a segunda colocação em uma categoria e a terceira colocação em outra! Eu sou suspeito para falar: a sua literatura, o universo roldaniano, me encantou, me arrebatou. Ele é um homem que fez da escrita um sacerdócio. E isso mexe com todo escritor. Ao menos mexe comigo. Hoje, como sou o editor da Casa, temos dois livros dele publicados; e mais dois ainda estão por sair.

Agora um parêntese: é óbvio que estou sendo parcial aqui. Estou falando por alto do que me lembro, dos casos que me chamaram atenção, fazendo como que uma pequena crônica descompromissada sobre o Pena de Ouro... É claro que a organização, a editora, que eu, eu mesmo, Cândido, não tenho como fazer amizade com todos que passam, com todos que encontramos nesses meios internéticos (agora me senti meio elomariano...); é humanamente impossível. As coisas simplesmente acontecem.

E outra coisa que simplesmente aconteceu foi a minha amizade com o vencedor da categoria POEMA de 2020, o Sebastião Burnay. Começamos a trocar mensagens e logo tivemos a ideia de publicar seu livro pela Casa, o belíssimo livro de poemas e fotografias “Encontros com o mar e o Universo” — livro, aliás, que foi lido e aprovado pelo imortal Carlos Nejar, em um encontro memorável que tivemos na Morada do Vento, em Junho de 2022. Um dia devo escrever mais a respeito. Nejar lendo os versos de Sebastião em voz alta, aprovando-os, concedendo a sua benção de poeta maior, consagrado, ancião, a um jovem poeta português, irmão seu nas letras e na língua. Memorável, memorável! E os meus olhos de editor a contemplar tudo aquilo, satisfeito, pleno em meu dever, na minha missão neste mundo da poesia e da literatura. Ah, um dia escreverei mais sobre esse momento! Só isso já me mostrou como conceber e realizar o Pena de Ouro havia valido a pena...

Bem, e também descobri o lado musical de Sebastião. Escutei todo o seu disco “Pátio do Pimenta”: eram os versos “Lisboa, Lisboa, és uma gaja boa...” em meus ouvidos e coração durante muitas das minhas caminhadas vespertinas na lusa, gaúcha e brasileiríssima cidade de Rio Pardo. O que é curioso, pois o fenômeno se repetiria no ano passado e neste ano, ao descobrir que o Ricardo Movits, vencedor da categoria POEMA, também era músico. Mas isso eu conto daqui a pouco.

Quanto à edição do livro de 2020, creio que cometemos um erro. Era o livro dos finalistas: obviamente, os vencedores estavam entre eles; e estavam já lá, registrados, na internet, em nossas publicações, parecia ser tão óbvio... Que não deixamos assinalados no livro. Corrigimos isso no livro de 2021. Tudo é parte de um processo que se aperfeiçoa; aproveito para registrar os erros, as retificações, de forma a honrar o nosso esforço e evolução.

Outro erro, que convém registrar e explicar, foi a distribuição dos valores da premiação. Tínhamos R$ 13.000,00 para distribuir entre os vencedores nas duas categorias; queríamos ser a maior premiação do gênero em cada uma delas, para contos avulsos e para poemas avulsos. Qual foi a nossa ideia? Conceder R$ 7.000,00 ao vencedor da categoria CONTO e R$ 6.000,00 ao vencedor da categoria POEMA. Isso tem lógica? Pela lógica, o justo seria repartir igualmente R$ 6.500,00 para cada um... Mas em uma breve (e talvez desleixada) pesquisa, concluímos que assim chamaríamos mais atenção em cada uma das categorias, como se a média da premiação para poemas fosse menor em outros prêmios lusófonos. Talvez até o fosse. Porém o pessoal reclamou: acaso um gênero vale mais do que o outro? Acaso escrever um poema é mais fácil do que escrever um conto? Não era essa a questão, e só agora me cai a ficha sobre outro motivo que nos levou a isso: calculamos de uma maneira mais quantitativa (e tosca), considerando maior o “custo” de ler os contos, por serem mais extensos em quantidade de caracteres e palavras. Faz sentido? Não. Mas corrigiríamos em 2021.

Acho que já falei bastante da primeira edição. É óbvio que houve muitos outros desdobramentos, outros erros e acertos, outras descobertas e amizades para a vida, outros bons momentos; simplesmente não tenho como mencionar tudo, nem cabe aqui. Apenas registro alguma coisa. Ou registo, como dizem nossos irmãos de além-mar. Às vezes me pego escrevendo como eles, na sua bela ortografia, na nossa bela ortografia.

Então veio o ano de 2021. A editora estava a todo vapor. Resolvemos fazer o prêmio mais cedo — apenas deixar as inscrições abertas por um bom tempo. Em outras palavras, desleixamos em alguns pontos, justamente pelas outras demandas editoriais. Também abrimos as inscrições para o 1° Prêmio MicroConto de Ouro, inspirado, de certa forma, no sucesso do Pena de Ouro, e na nossa vontade de trazer algo novo para o nosso público de autores; e de espalhar a marca da Casa. Ou simplesmente na vontade de agitar, de fazer acontecer na cena literária (o próprio Pena de Ouro nasceu também disso). Como o seu irmão mais velho, o MicroConto de Ouro também era ambicioso; também queria ser a mais alta premiação do gênero. E sabe que até hoje não tive notícia de nenhum prêmio ou concurso em qualquer país de língua portuguesa que pagasse mais para um microconto vencedor? Realmente, no nosso caso, vale ouro: se calcularmos o valor pago a cada caractere, a cada toque no teclado do autor vencedor... É quase o valor do toque da J. K. Rowling para escrever um Harry Potter! É sério, certa vez eu fiz esse cálculo, que não convém aqui explicar. Também, não podia ser diferente: R$ 1.001,00 por um microconto (R$ 501,00 ao segundo colocado e R$ 301,00 ao terceiro)... Somente uma Casa bem maluca como a nossa para fazer isso! Eu soube de um outro que pagava R$ 800,00 ao vencedor... Mas aqui não é espaço para falar de MicroConto de Ouro.

Enfim, como eu disse, em 2021, segunda edição, corrigimos a premiação: ficou mais justa (e lógica). E não só a corrigimos: aumentamo-la. Foram R$ 20.000,00 distribuídos entre os três melhores colocados (1°, 2° e 3°) das duas categorias, concentrados nos primeiríssimos de cada categoria (os “Pena de Ouro”), que ficavam com R$ 7.500,00. Por um conto e por um poema... Nada mal.

E o prémio foi se definindo melhor, pelo que ele realmente é, expresso então em seu edital: uma forma de reconhecer autores — um instrumento de reconhecimento. A premiação estava subordinada a isso. Tudo, aliás, tudo estava e está subordinado a isso. Até mesmo a nossa “pirotecnia” de vídeos promocionais... Ah, esses vídeos: houve quem elogiasse a nossa peculiaridade de divulgarmos vídeos promocionais e houve quem a condenasse, chamando disso mesmo, de “pirotecnia”, num sentido pejorativo. Eu, particularmente, fico satisfeito, uma vez que eles (os vídeos) chamam atenção, que eles nos diferenciam, mostram como somos peculiares e originais em nossa empreitada. E mesmo essa nossa busca pela integração da lusofonia era (e é) nada mais do que um delicioso objetivo secundário que também dá o tom, a particularidade, a identidade do prêmio. E também está subordinado ao objetivo maior, último, essencial, que é o reconhecimento.

No corpo de jurados, houve mais uma novidade: os dois vencedores foram convidados a participar. Na primeira edição, havia ficado assim: José Luís Mendonça (de Angola)... Ah, também fique registrado: o José Luís Mendonça foi o primeiro jurado a aceitar participar. O primeiro de todos, o primeiro da primeira edição. Eu estava com o coração na mão... Uma hora eu falo mais sobre isso. Voltando, pois, havia ficado assim: José Luís Mendonça (de Angola); Juliana Amato e Leticia Wierzchowski (do Brasil); Tony Tcheka e Abdulai Sila (de Guiné-Bissau); Orlando Piedade (de São Tomé e Príncipe); Alvaro Taruma (de Moçambique); Margarida Fontes (de Cabo Verde); Pedro Chagas Freitas (de Portugal). Já na segunda edição, com os dois vencedores convidados e algumas indisponibilidades que geraram novos convites, ficou assim: Vera Duarte Pina (de Cabo Verde); Rosa Soares (de Angola); Juliana Rabelo (do Brasil); Sebastião Burnay (de Portugal); além dos repetidos do ano anterior, Leticia, Alvaro, Tony e Orlando.

Foi um ano tão intenso que não vi passar, que não tive tempo de assimilar com calma. Por isso não tenho muitas lembranças específicas: foi tudo acontecendo ao mesmo tempo, muitos compromissos, o Pena de Ouro no meio de tudo... E no meio de tudo, nasceram algumas “flores”, algumas coincidências, vejam só: na categoria CONTO, o 1° colocado foi “Flor de Caipora” e o 3° colocado, “Flor inviável”. Qual a probabilidade de algo assim acontecer? Eu sempre pasmo com essas coincidências!

E já que falamos dessas “flores”, aproveito para corrigir um erro na edição do livro de 2021: não trouxemos a público as palavras que a jurada internacional Vera Duarte Pina (escritora, poeta, desembargadora, ex-ministra da Educação de Cabo Verde) escrevera sobre o conto vencedor, palavras que merecem ficar registradas, assentadas em livro, para consulta. Ei-las:

Devo, contudo, acrescentar que o conto “Flor de Caipora”, a que atribuí a pontuação máxima, trata-se de um texto extraordinário que aborda de forma desassombrada as contradições da natureza humana, as suas patologias, as suas exacerbações, mas de onde emana, com voracidade, uma luminosa pulsão de vida. Por isso me sensibilizou particularmente.

Não solicitamos que os jurados façam comentários sobre suas notas, apenas pedimos estritamente o que está expresso no regulamento. Isso partiu dela, de livre e espontânea vontade. Bacana, não?

O autor do conto é o talentosíssimo Gabriel Figueiraes, com 20 ou 21 anos na altura da premiação. É incrível como alguém tão jovem possa escrever tão bem! Gravem as minhas palavras: Gabriel Figueiraes será um dos grandes autores da nossa literatura. Até mesmo a sua apresentação, escrita por ele mesmo, em primeira pessoa, é deliciosa de ler!

Convidamo-lo para compor o júri internacional de 2022 e ele aceitou. Assim como o outro vencedor, da categoria POEMA, o Saul Cabral Gomes Júnior. O caso do Saul é interessante: ele havia sido semifinalista em 2020; e em 2021 nos brindou com o excelente, profundo e complexo poema “Trajetória do ser-poesia”. Sinceramente, não me sinto capaz de analisá-lo! Apenas recomendo: leia. Leia e me conte. Já aproveite e leia o livro de 2021 todo... Falo de coração: os livros dos finalistas do Pena de Ouro são excelentes — graças aos autores, porque eu não tenho mérito nenhum nisso, apenas tenho a sorte de me deparar com tantas pessoas talentosas e ser o organizador de um livro que as reúne.

Então, em 2022, o corpo de jurados ficou assim: Gabriel, Saul, como representantes do Brasil; os já conhecidos Tony, Vera, Orlando, Alvaro, Sebastião e Rosa; e uma novidade, surgida quando o prêmio já estava em andamento, quando conseguimos contato com o país lusófono mais distante do Brasil, o Timor-Leste: Lukeno Alkatiri. Pela primeira vez, conseguimos representar todos os países independentes que têm a Língua Portuguesa como oficial!

(Existe a Guiné-Equatorial também, mas essa é outra história...)

Foi um ano complicado, em que estivemos envolvidos em outra empreitada colossal, a antologia 1001 Poetas, a maior da história do Brasil (ao menos até onde pudemos ter notícia). Foram 1001 poetas contemporâneos distribuídos em dez volumes. Mesmo assim, o Pena de Ouro teve o seu momento, o seu brilho, agora com mais dedicação e experiência. Mantivemos a premiação em R$ 20.000,00 aos primeiros colocados, distribuídos da mesma forma. A taxa de inscrição continuou a mesma, sempre R$ 120,00 como valor de referência desde a primeira edição (ainda que tivéssemos aumentado a premiação na segunda edição). E fomos brindados com o presente livro: um belíssimo resultado!

Livro este que também tem lá algumas coincidências... Ou “convergências”? Como poderíamos colocar? Bem, se em 2021 falávamos de flores, neste livro, de 2022, encontramos uma semelhança no modo como são apresentados os personagens, com o “Pai” e a “Mãe” e quejandos, no conto terceiro colocado, “Eloá”, e no conto finalista “A Família”... Enfim, não poderia deixar de pontuar. É interessante, interessante esse tipo de coincidência, ao menos para pessoas como eu. Não vou entrar muito a fundo na análise desses dois contos; mas um termina de forma mais trágica e outro mais feliz. Descubra, leitor.

Agora, a principal “convergência”, como se esta obra pedisse uma unidade, clamasse por um diálogo interno entre suas partes, como se naturalmente tivesse destinada a se agregar... A principal convergência, consigo encontrar (ou vislumbrar) nos vencedores! Posso estar delirando ou falando bobagem, mas sabe, leitor, sabe, leitora, aquele papo dos antigos de “bom, belo e verdadeiro”? Ora, o poema vencedor explicitamente trata do verdadeiro, da Verdade; e o conto, por seu turno, da Beleza. O belo e o verdadeiro. Faltou o “bom” nessa tríade — a Bondade. Onde ela estaria? Em que texto? Em que conto, em que poema? A tão difícil Bondade; a tão surrada Bondade... E mais difícil ainda é expressá-la em arte sem cair em insipidez. Curioso, não? Talvez por isso não a encontremos diretamente em nenhum texto — ou eu não a encontro... Ou não quero falar.

O conto vencedor é “Adriabelle”, uma excelente narrativa, bem construída, que dialoga com a tradição literária ocidental (tal como o nosso Arménio Vieira, autor da Casa, Prêmio Camões, semifinalista do Prêmio Oceanos): Nem Helena, que causou a guerra, nem Tétis ou a própria Vênus ousariam se comparar à minha Adriabelle... Um conto sensacional. O seu autor, Lucas M. Carvalho, já havia vencido outro grande prêmio literário, o Prêmio Barco a Vapor, para livros infantis, o que mostra como a nossa avaliação é consistente — e como o autor tem seus méritos. É claro que, ao comentar sobre esse texto sofisticado, falar do tema da “Beleza” é ser propositalmente superficial. Essa Beleza que pode ser assustadora... Afinal, ele pode estar tratando também da Verdade... Que pode ser terrível, assustadora, tal como a Beleza? Mas isso deixo ao juízo e siso de quem tiver a felicidade de ler “Adriabelle”.

Diretamente tratando da Verdade, há o poema vencedor, de um buscador da Verdade, da Verdade esta, com vê maiúsculo; e ela enfim é encontrada onde todos a encontram e devem encontrá-la. O seu autor, Ricardo Movits, como eu havia mencionado, também é músico, e um talento em várias outras áreas. Se o leitor gosta de música boa (presumo que sim), escute “Brasília/Novos Astrais”. Escute o disco todo aliás: “Ponte para o Invisível (Nova Era)”.

Tivemos também a alegria de reencontrar no presente livro alguns autores já conhecidos: Caesar Charone, finalista na categoria CONTO da primeira edição, semifinalista na categoria POEMA na segunda edição, está aqui, agora, como finalista na categoria POEMA; a talentosa poeta Gracielle Cristine Farias Moura, semifinalista em 2020 e 2021, desta vez foi finalista; e Léo Gonçalves, finalista de 2021 na categoria CONTO, foi semifinalista nesta edição na mesma categoria, e finalista também na categoria POEMA, constando neste livro. Esqueço alguém? Talvez. Mas é interessante trazer alguns nomes que estão chegando quase lá.

Devo também destacar o segundo colocado na categoria CONTO, Fernando Trevisolli de Britto: esta é a primeira vez (cito isso de cabeça, mas acho que não me engano) que temos um menor de idade não só entre os finalistas, mas entre os três primeiros colocados. Que talento, que futuro! Imagina, leitor, imagina, leitora, você ter seu texto alçado a essa posição por jurados internacionais nessa idade! Como costumo repetir, o Pena de Ouro não deixa de “garimpar ouro”, o que me deixa muito feliz.

Mas já falei demais (e falta fôlego). Tenho me esquivado de falar. No primeiro livro, falei mais dos textos; no segundo, falei pouco, não tive a oportunidade de falar muito; e neste, quis fazer uma pequena crônica (em vários sentidos), registrar a nossa história, que tende a crescer. Fica com você, leitor, a curiosidade. Que mais posso eu dizer?

Quais surpresas mais o Pena de Ouro irá nos trazer?

Quem viver, verá.



Rio Pardo, Maio de 2023


* Cândido Luís Vasques é editor da Casa Brasileira de Livros, idealizador do Pena de Ouro e organizador do Livro dos Finalistas do Pena de Ouro de 2022.

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